
“A obesidade é, sem dúvidas, um fator de risco cardiovascular, mas não o único. Uma pessoa com peso adequado deve ter todos os cuidados, como manter a prática de atividade física e o controle da pressão arterial e da glicemia”, destaca.
Mas, afinal, como descobrir que estamos diante de quadro de infarto, ou ataque cardíaco? É isso que discutiremos a partir de agora. Acompanhe!
1.O que é o infarto?
O coração, assim como todos os órgãos do nosso corpo, necessita de sangue arterial para funcionar corretamente. Quando há alguma obstrução causada pelo acúmulo de gordura no interior das artérias que nutrem o músculo cardíaco, ocorre a interrupção da distribuição de sangue para o coração. Desse modo, o paciente sofre com ataque cardíaco, conhecido também como infarto do miocárdio.
Essa emergência médica pode afetar várias regiões do coração, conforme a artéria que foi obstruída. Uma possibilidade rara, mas que pode ocorrer, é quando a contração da artéria impossibilita o fluxo sanguíneo.
Outro exemplo de ataque cardíaco é quando um coágulo gerado no interior do coração se desprende e se instala dentro dos vasos sanguíneos.
2.Quais são os sintomas do ataque cardíaco?
É fundamental que todas as pessoas aprendam como identificar os sintomas de um ataque cardíaco. Isso porque, quanto mais cedo for feito o socorro médico, mais chances a pessoa terá de sobreviver. Veja abaixo quais são os principais sintomas:
- Dor ou desconforto no peito, com sensação de peso e aperto no tórax. O desconforto pode expandir para rosto, pescoço, costas, braço esquerdo e raramente braço direito;
- Enjoo;
- Palidez;
- Tontura;
- Suor frio;
- Falta de ar e dor abdominal em idosos.
Vale ressaltar que, em idosos e diabéticos, os casos de ataque cardíaco podem não apresentar sintomas. Por isso, é importante ter atenção a qualquer desconforto relatado pelas pessoas que pertencem a esses grupos.
Nunca é demais destacar o quanto é importante conhecer algumas dicas de primeiros socorros para auxiliar as vítimas em casos de ataque cardíaco.
3.Infarto afeta mais homens que mulheres?
Essa é uma das dúvidas mais comuns quando falamos sobre a doença. O cardiologista José Carneiro da Silva explica que a chance de o homem ter um infarto é maior, mas essa diferença tende a diminuir com a idade.
“Em idosos o risco é praticamente equivalente. Dividimos os fatores de risco para um infarto em fatores modificáveis e não modificáveis. Obviamente, focamos nossas atenções nos ‘modificáveis’, como tabagismo, alterações do colesterol e hipertensão em ambos os sexos”, explica.
4.Quais são as causas do infarto?
Geralmente, o infarto é causado pelo acúmulo de gordura nas artérias, gerando a obstrução da passagem do sangue para o coração. Contudo, existem ainda outros motivos que podem aumentar as chances da doença:
- Tabagismo;
- Estresse;
- Hipertensão;
- Colesterol alto;
- Drogas ilícitas;
- Obesidade;
- Diabetes;
- Sedentarismo.
Para as pessoas que possuem membros da família com histórico de ataque cardíaco, recomenda-se redobrar a atenção com a saúde, uma vez que as chances de desenvolver a doença são maiores.
Sintomas de gases e infarto
Não é incumum encontrar pessoas que confundem os sintomas de gases com ataque cardíaco.
De acordo com o nutricionista e coordenador de nutrição do Hospital de Clínicas do Ingá (HCI), Antônio Wanderson Lack, a dificuldade de identificação ocorre por conta da intensidade da dor.
“Os gases pressionam uma válvula que fica em cima do estômago e exatamente atrás do coração. Então, quando há uma fermentação muito forte, essa válvula fica sendo pressionada e causa dor a ponto de ser confundida por problemas cardíacos”, explica.
5.Quais são as formas de prevenção do ataque cardíaco?
Para evitar ataque cardíaco, o mais indicado é ter bons hábitos de saúde, por exemplo: praticar exercício físico frequentemente, ter uma alimentação saudável, evitar o consumo excessivo de bebida alcoólica, gerenciar o estresse, ter uma boa noite de sono, entre outros.
Além disso, outro ponto importante é a realização de um check-up anual com um cardiologista. Nesse processo, o profissional avalia fatores de risco e mostra quais são as orientações corretas para diminuir as chances de ter problemas no futuro.
6.Como funciona o tratamento para infarto?
O tratamento do ataque cardíaco é realizado no hospital. Coloca-se uma máscara de oxigênio ou ventilação mecânica no paciente, para que ele respire com qualidade.
A administração de remédios também é utilizada para o tratamento. Assim, o médico pode receitar o uso de antiagregante plaquetário, anticoagulante venoso, aspirina, estatinas, inibidor da ECA e betabloqueadores, entre outras soluções. Dependendo da gravidade do infarto, é possível que o médico solicite um cateterismo de urgência ou, então, uma angioplastia.
Com os tratamentos citados acima, o paciente terá o quadro estabilizado, diminuindo a dor e as complicações do pós- infarto.