
A gastrite crônica, diferentemente da forma aguda da doença, começa lentamente. No entanto, sua duração é prolongada. Por isso, se a inflamação da mucosa gástrica não for tratada, pode durar por anos ou até mesmo uma vida inteira. Entenda melhor a doença.
Causas da gastrite crônica
A gastrite crônica ocorre em função de uma inflamação da mucosa gástrica. De acordo com a Dra. Denise Carvalho, médica cirurgiã, a gastrite crônica é, geralmente, causada pela infecção do H. pylori – uma bactéria que pode estar no estômago de muitas pessoas. “Estima-se que em torno de 50% da população brasileira possui essa bactéria, mas a maioria não apresenta sintomas”, explica. Além disso, o tabagismo também é uma das casas. Quando atinge pessoas idosas, geralmente resultam em atrofia do estômago.
Também é comum em pessoas que possuem doenças autoimunes ou que fazem uso constante de certos tipos de medicamentos que podem levar a inflamação do estômago. Quando o tratamento adequado não ocorre adequadamente, pode levar ao desenvolvimento de úlceras no estômago, que é um problema ainda mais grave.
Sintomas
Os sintomas de gastrite crônica são vários, tais como:
- Peso no estômago;
- Dor intensa;
- Perda de apetite;
- Dor constante no estômago;
- Barriga inchada e dolorida;
- Digestão lenta;
- Eructação frequente;
- Vômitos e enjoos;
- Dor de cabeça;
- Mal-estar geral;
- Sangramento no estômago
- Sensação de queimação.
Além disso, nos casos da gastrite crônica ser autoimune, os sintomas são sensação de má digestão e de saciedade antes do tempo.
Como diagnosticar a gastrite crônica?
A princípio, o diagnóstico é feito pelo exame de endoscopia. Para realizá-lo, é necessário biópsia, que permite identificar atrofia do estômago, e que tipo de infiltrado celular há no estômago. “Ainda na biópsia é possível identificar o H. pylori”, explica a especialista. Além disso, podem ser necessários exames de fezes e um hemograma, por exemplo.
Tratamento
O tratamento vai depender dos resultados dos exames. Dessa forma, no caso de pacientes idosos, o tratamento fica, muitas vezes, impossibilitado. Nesse caso, é comum prescrever enzimas digestivas para melhorar a digestão do paciente, além de anti-inflamatórios para não progredir para uma lesão aguda.
No caso do H. pylori, o tratamento inclui antibióticos, porém existe muita resistência microbiana, obrigando ao paciente um acompanhamento mais cuidadoso para achar a medicação correta.
Por isso, o ideal é focar na prevenção, já que é uma doença curável. Dessa forma, para evitá-la, a recomendação é tomar cuidado durante o manuseio dos alimentos. Ou seja, lave bem verduras e frutas. Além disso, a especialista recomenda se alimentar corretamente, evitar o tabagismo e diminuir o estresse. “O suco de aloe vera e chá de espinheira santa ajudam na prevenção, porém não são considerados tratamentos”, finaliza.