
O processo da desintegração da economia rural colonial que caracterizou os primeiros anos que se seguiram à independência nacional, deu lugar a um novo sistema de organização da economia rural.
O Estado Moçambicano definiu a agricultura como base para desenvolvimento económico do País, porque a agricultura:
− é actividade económica que absorve a maior parte da população moçambicana;
− fornece a maior parte dos produtos para a alimentação da população;
− fornece produtos como matéria-prima para a nossa indústria;
− fornece produtos para a exportação.
Depois da independência muitos proprietários das empresas privadas que exploravam grandes
extensões de terras férteis abandonaram o país e o governo nacionalizou a terra, passando-a
como propriedade do Estado e criou condições para a reforma agrária.
A política de desenvolvimento agrário voltada para a socialização do campo, adoptou como
estratégias a criação de machambas colectivas, cooperativas de produção agro-pecuárias,
machambas estatais, para além das já existentes machambas dos camponeses (agricultura
familiar), assim como alguns pequenos proprietários agrícolas (agricultura empresarial) que
permaneceram apesar da reestruturação.
No entanto, este processo resultou em algumas dificuldades, tais como a redução dos índices de
produção para o abastecimento do mercado interno, a redução das plantações vocacionadas para
culturas de exportação e a redução nos excedentes agrícolas dos camponeses, apontando se como
principais causa:
− a falta de reposição da rede de comercialização e de assistência técnica à produção de
culturas de mercado;
− a inexperiência de trabalho em moldes colectivos;
− a inexperiência e incompetência técnica de gestão das comissões nas machambas
estatais;
− o capital estrangeiro reduziu o investimento de manutenção e produção das
explorações agrícolas.
Estas dificuldades foram agravadas pelos efeitos da última guerra que assolou principalmente as zonas rurais do país.
A partir de 1987, com a introdução da economia de mercado no nosso País e o restabelecimento da paz (1992), a agricultura começou a conhecer uma outra dinâmica e com um grande impulso de investimento privado e estrangeiro.
Neste âmbito surgem novos projectos de desenvolvimento agrário no País, tais como a Mozágrius, Proágrio, companhias de diferentes proprietários que introduziram vários investimentos e o relançamento da produção agrícola no País.
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